quinta-feira, 5 de maio de 2011

PICADA DE INSETOS

Meu filho está cheio de picadas de algum tipo de inseto. Devo me preocupar?
É comum as crianças serem alvo de mordidas de insetos. Os mais comuns são os pernilongos, borrachudos, pulgas e formigas. Algumas picadas são piores que outras, como as de vespas, marimbondos e abelhas. Elas doem mais e demoram mais para sarar.

Também não é raro que as crianças apresentem algum tipo de reação alérgica às picadas. Nas reações menos graves, o que acontece é que surgem novas "picadas" pelo corpo, mesmo em lugares onde o inseto não atacou, e elas podem ficar vermelhas, inchadas e coçando bastante.

Essas "novas picadas" têm um nome técnico bem estranho, estrófulo, e o fenômeno é muito frequente nos primeiros três anos de idade.

Em casos bem mais raros, pode haver uma grave reação alérgica a determinados tipos de insetos, como abelhas, vespas ou até formigas. É a chamada reação anafilática, que pode até ser fatal. Fique atenta aos sinais de alerta e, se seu filho apresentar qualquer um deles, leve-o imediatamente ao hospital ou peça socorro médico:

• chiadeira no peito

• lábios, língua e interior da boca inchados. O inchaço da garganta pode dificultar a respiração

• coração acelerado

• pele fria e úmida

• desmaio

• enjôo e vômitos

Enquanto não recebe atendimento médico, mantenha a criança deitada com a parte do corpo que foi picada abaixo do nível do coração, se possível, e com o pescoço levemente estendido para facilitar a passagem de ar. Enrole-a num cobertor e tente fazer com que ela fique calma.
Quando a criança é sabidamente alérgica a insetos como abelhas e vespas, com alto risco de choque anafilático ou obstrução respiratória, existem atualmente autoaplicadores de adrenalina em forma de "caneta".

É um dispositivo simples que deve ser carregado sempre com a criança. A aplicação imediata pela própria criança ou pelo responsável pode salvar vidas. Consulte seu pediatra ou alergista.

Como tratar uma picada comum, quando não há reação alérgica?

Se seu filho tiver sido picado por uma vespa, uma abelha ou um marimbondo, veja se consegue enxergar o ferrão e o retire raspando a pele com a sua unha ou com uma superfície reta e dura, como um cartão de banco, por exemplo. Não use pinça nem aperte a pele da criança com os dedos para expulsar o ferrão. Fazendo isso, você pode acabar lançando mais veneno para dentro do organismo da criança. Lave bem a região com água e sabão.

Uma vez retirado o ferrão, trate a picada como qualquer outra:

• Compressas frias, de gelo ou com um pano molhado com água gelada, aliviam a coceira e reduzem o inchaço.

• Se a criança estiver com muita dor, você pode dar um analgésico, como o paracetamol, a que ela esteja acostumada, seguindo a dose determinada pelo pediatra.

• Se surgir alguma bolha no local (coisa que acontece às vezes com picadas de formiga), não a estoure.

• Você pode passar pomadas especiais no local para aliviar a dor, a irritação e a coceira. Há cremes que também evitam infecção, no caso de a criança coçar muito a área e criar uma ferida. O ideal é, nas consultas de rotina com o pediatra, já perguntar qual é o creme ideal para ter em casa e levá-lo em viagens e passeios.
Não aplique cremes e pomadas que contenham cânfora em crianças de menos de 2 anos. E nunca use cremes ou pomadas antialérgicas sem indicação médica, porque alguns desses produtos podem desencadear reações locais graves, especialmente quando há exposição ao sol.

• Se as picadas estiverem muito inchadas e coçando demais, um anti-histamínico por via oral pode aliviar o desconforto. Mas só dê remédios a que já esteja acostumada e que tenham sido receitados pelo pediatra.

Cuidado, porque certas pomadas para aliviar a coceira podem arder se a pele estiver ferida. Mantenha as unhas da criança bem curtas para ela não se arranhar muito, e tente evitar que ela coce demais as picadas, mantendo-as cobertas por roupas, por exemplo.

E se meu filho for picado por um carrapato?

Sempre que seu filho brincar em áreas onde há carrapatos, faça uma inspeção no corpo dele para ver se não há nenhum, de preferência de três em três horas, e prefira vesti-lo com roupas claras, o que facilita a visualização dos animais. Se encontrar algum, proteja suas mãos com um papel ou com luvas para não entrar em contato direto com o carrapato e use uma pinça para retirá-lo:

• Pegue o carrapato com a pinça bem perto da pele, com cuidado.

• Puxe devagar, até que todo o corpo do carrapato saia.

• Jogue o carrapato fora e lave as mãos com água e sabão.

• Limpe a picada de carrapato com um líquido anti-séptico ou com água e sabão.

• Não torça o carrapato quando o estiver puxando com a pinça, para que não fique nenhum fragmento dele na pele da criança.

• Não use outros estratagemas para forçar o carrapato a se soltar, como encostar objetos quentes. O estresse do animal pode fazer com que ele libere mais substâncias prejudiciais na pele.

Se você morar numa área com ocorrência de febre maculosa, uma doença grave transmitida por carrapatos-estrela, tome cuidado especial e observe muito bem a criança nos dias seguintes à picada. Caso ela apresente febre e/ou erupção cutânea, procure assistência médica imediata.

A febre maculosa precisa ser tratada com antibióticos logo aos primeiros sinais de infecção. Os sintomas aparecem entre 2 e 14 dias após a picada.

Uma outra doença transmitida por carrapatos é a borreliose, ou doença de Lyme. Para transmitir a bactéria, o carrapato precisa ficar 24 horas preso à pele. Os sintomas iniciais são um vermelhão em torno do local da picada, que depois pode se espalhar pelo corpo, além de febre, mal-estar e dores no corpo.

Em casos bem raros, picadas de carrapato podem causar encefalite (inchaço do cérebro) e outras doenças provocadas por vírus transmitidos pelo animal. Se seu filho tiver febre ou rigidez no pescoço, leve-o rápido ao médico ou ao pronto-socorro.

E se a picada de inseto infeccionar?

A picada pode infeccionar se uma bactéria entrar no local, na hora da mordida ou depois, em decorrência de arranhões quando a criança se coça. Pode haver febre ou um inchaço que vai aumentando na área da picada. A infecção pode ser tratada com antibióticos por via oral ou de uso tópico (pomadas), conforme recomendação médica.

Regiões endêmicas

Em certas regiões do país, ou quando se viaja para outro país, existe o risco de pegar uma doença mais grave transmitida por mosquitos, como a dengue, que já atinge praticamente todo o Brasil, além de febre amarela e malária. Pergunte ao seu pediatra se é o caso de vacinar seu filho contra a febre amarela, e use repelentes e mosquiteiros.
O que faço para meu filho não ser "comido" pelos mosquitos?

A maioria dos repelentes comerciais é eficaz para afastar os mosquitos, mas consulte o pediatra primeiro, porque eles só podem ser usados a partir de 6 meses. Inseticidas ligados à eletricidade podem ser uma boa opção, mas existe a possibilidade de causarem alergias, principalmente respiratórias, por isso é bom falar antes com o pediatra.

O uso de sapatos, calça e blusa de manga comprida em regiões muito infestadas também ajuda a prevenir as picadas. Se você tem animais de estimação, use produtos específicos para eliminar as pulgas

FONTE: http://brasil.babycenter.com/baby/saude/picada-inseto/

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